Não aceito isso
em você! Não gosto dessa, dessa, dessa e dessa sua atitude! Você devia ser mais
assim! Você nunca faz o mínimo pra que as pessoas gostem de você! Suas palavras
são sempre rudes, é incapaz de demonstrar algum sentimento...
Muita gente já
ouviu essa enxurrada de conselhos e críticas! E não foi de pessoas estranhas ou
neo-conhecidas; elas vêm assim, repetidamente, de pessoas muito próximas,
daquelas a quem se deve louvar incondicionalmente.
A velha ideia de
que família é família, não respeita à sabedoria do velho ditado “quem bate
esquece, mas não quem apanha”. E por isso, muitas pessoas que se põem à margem
dessas convenções sociais são taxadas de cruéis, rancorosas, desalmadas; mas
ninguém se importa em saber que tipo de relação fora construída naquelas que
deveriam ser incondicionais e atemporais.
Fonte da Imagem: Arquivo pessoal. Esta escultura pode ser vista na Igreja N. Srª do Pilar, em Ouro Preto - MG |
É lugar comum
falar que estereótipos excluem, agridem e oprimem, mas assim como ninguém manda
o cristão colocar o fone pra ouvir louvor no ônibus, por medo de ser chamado de
anticristo, ninguém ousa falar que sim: as famílias erram, as pessoas das
famílias cometem erros contra seus familiares e sim, essas pessoas se dão o
direito de não pedir perdão, de não se sentirem errados: é o velho clichê de
errar tentando acertar, e de só querer o melhor.
Não por acaso,
muitas pessoas preferem sumir, não aparecer ou mesmo trilhar um caminho a parte
daquele que é regido pelas convenções.
O amor familiar
– paterno, materno, fraternal... – incondicional existe, mas não é uma lei
natural irreversível. A regra natural das relações, sejam elas quais forem, é
uma só: o respeito, porque o amor não se desenvolve sem ele.
G.C.A,
13/05/2015.
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